"As pessoas esquecem o que você diz, as pessoas esquecem o que você faz, mas elas nunca esquecem o que você as fez sentir."

sábado, 6 de novembro de 2010

Não...

Não me condene


Não me condene quando eu falo o que penso porque o silencio não é de ouro. Quando eu guardo isto dentro. Porque eu estive onde estive. E eu vi o que vi. Eu coloco a caneta no papel, porque isto tudo é parte de mim...Seja uma canção uma conversa casual para segurar o que minha língua fala de reservas suas palavras uma vez ouvidas elas podem te colocar em conflito. Minhas palavras podem perturbar mas pelo menos há uma reação...
Algumas vezes eu quero matar
Algumas vezes eu quero morrer
Algumas vezes eu quero destruir
Algumas vezes eu quero chorar
Algumas vezes eu posso superar
Algumas vezes eu posso desistir
Algumas vezes eu me importo
Algumas vezes eu nunca me importo
É apenas por pouco tempo, espero que você entenda! Eu nunca quis que isso acontecesse, não queria ser um homem, então me escondi em meu mundo. Eu peguei o que consegui achar, eu chorei quando estive sozinho,eu cai quando estive cego. Quando eu falo o que penso, um pedaço da minha mente...Porque o silencio não é de ouro. Quando eu guardo isto dentro. Porque eu estive onde estive. E eu vi o que vi. Eu coloco a caneta no papel, porque isto tudo é parte de mim... Como eu posso alguma vez te satisfazer, e como eu posso alguma vez te fazer ver que lá dentro somos todos alguém e não importa quem você queira ser, mas agora eu devo sorrir eu espero que você compreenda... Para que este homem possa dizer que aconteceu. Porque esta criança foi condenada, então eu escalei seu mundo, eu te chutei na mente e eu sou a única testemunha para a natureza de meu crime. Mas olhe para o que fizemos aos inocentes e jovens que ouviram quem estava falando, porque nós não somos os únicos, o lixo coletado pelos olhos e despejado no cérebro... Dizem que penetra em nossos pensamentos conciêntes, você me diz a quem culpar... Eu sei que você não quer me ouvir chorar e eu si que você não quer me ouvir negar que sua satisfação faz em suas ilusões, mas sua desilusões são suas e não minhas. Nos damos com o certo que sabemos toda a história. Nós julgamos um livro por sua capa e lemos o que queremos entre linhas selecionadas.
Não me aplauda e Não idolatre a tinta ou eu terei falhado em minhas intenções. Você pode achar o elo perdido sua única validade é viver sua própria vida! Existência como substituto é uma perda de tempo, então eu dedico esta canção aos ofendidos... Eu disse o que quis e nunca pretendi como tantos outros fazem, tentando apenas agradar. Se eu atingi seu ponto de vista poderia virar a outra face... Porque o silencio não é de ouro. Quando eu guardo isto dentro. Porque eu estive onde estive. E eu vi o que vi. Eu coloco a caneta no papel, porque isto tudo é parte de mim... Por que é tudo parte de mim. Não me critique. Eu disse não me critique! Eu disse não me aplauda... Não me critique.



Guns N' Roses
Composição: Lank, Axl Rose e Slash

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Fita métrica do amor...

Como se mede uma pessoa?

Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento.
Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado.
É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: Será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.

(Martha Medeiros)

sábado, 29 de maio de 2010

" Perder-se também é caminho "

(Clarice Lispector)

sábado, 8 de maio de 2010













Toda vez que me olho espelho,vejo todas estas rugas no meu rosto aparecendo...sinto que o passado se foi... Passou por mim e nunca mais voltou. Não é assim? Todos pagam por suas dívidas na vida. Eu sei que é o pecado de todo mundo. É preciso perder para saber vencer. Eu sei que ninguém sabe de onde vem e para onde vai. Metade da minha vida está escrita em páginas de livros e em folhas torcidas, jogadas ao vento. Vivi e aprendi dos tolos e dos sábios. Você sabe que é verdade, todas as coisas que você faz, um dia voltam para você.
Faça algo por você.
Evite-as.


Agora cante comigo... Cante pelos anos, pelas lágrimas e sorrisos. Cante!
Cante por algo perdido, cante! Cante comigo...

Sonhe, sonhe como eu, sonhe como ninguém algum dia sonhou ou como alguém que nunca sonhou. Sonhe... Sonhe até que seu sonho se realize. Sonhe...

sábado, 1 de maio de 2010

Auto-retrato


Sou assim, sem tirar nem por
Um retrato, pb ou cor
Foi um clique, que me pegou
Foi um flash, me revelou
Vejo a ponta, do meu nariz
Sou criança, sou por um triz

Sou afim, seja como for
Me espera, que eu também vou
Pouco doce e muito sal
O meu nome, não é mesmo Gal
Eu até me acho normal
Me arrepio com isopor

Sou daqui, sou desse lugar
Sou assim, o meu porto é mar
Subverto o meu coração
Se acredito , eu vou então
Minha musa é a música
É o compasso, o silêncio e o som
To de olho no furacão
Arremesso, no sim ou não

Sou assim pode acreditar
Foi o vento quem me ensinou
Quando penso olho pro mar
Esqueço tudo, sorte ou azar

Sou assim, sou afim, seja como for
Sou assim, sou afim, sem tirar nem por

Sou assim, sem tirar nem por
Um retrato, pb ou cor
Foi um clique, que me pegou
Foi um flash, me revelou
Vejo a ponta, do meu nariz
Sou criança, sou por um triz



Fernanda Porto
Música/letra:Auto-retrato.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Qual dor dói mais ?


A DOR QUE DÓI MAIS

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudades de um amigo que mora longe.Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos.
Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.


Martha Medeiros.


Será ?

sábado, 24 de abril de 2010

PS.: Quem não arrisca, não vive!



Você pode desperdiçar sua vida construindo barreiras e avistando fronteiras ou então você pode viver ultrapassando-as. Um homem jamais será julgado,condenado por tentar. Mas há algumas que são perigosas demais para serem cruzadas. [Pausa; Tudo é relativo,como uma questão de Minha Vida & Eu, mas também tudo depende se a resposta partirá de nós, ou de nossa vida.] Superação! Nada é tão dificil que não podemos aprender seguido de muita prática. [Fato!] Arrisque-se! Somente VOCÊ é capaz de viver POR VOCÊ, basta ter força de vontade para você ver que possui asas e pode voar.
Por isso digo se você estiver disposto a se arriscar...


'Saiba do que eu sei': a vista aqui do outro lado é espetacular!


"Eu não tenho ideia porque a gente fica adiando as coisas, mas se eu tivesse que chutar, diria que tem muito a ver com o medo. Medo do fracasso. Medo da dor. Medo da rejeição. Seja lá do que a gente tenha medo, uma coisa é sempre verdade: com o tempo, a dor de não ter tomado uma atitude fica pior do que o medo de agir"
(Meredith Grey)







PS: Quem não arrisca, não vive!




Definitivamente.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A complicada arte de ver..

Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."

Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".

Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada "satori", a abertura do "terceiro olho". Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: "Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram".
Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram". Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa - garrafa, prato, facão - era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção".

A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas - e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas".

Por isso - porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver - eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"...

Por Rubem Alves.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ser feliz ?



Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá a falência. Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões. Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”. É ter humildade da receptividade. Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz…
E, quando você errar o caminho, recomece.
Pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.


Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz,
pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.



Fernando Pessoa.